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Aprendendo com André

 Claudio Abreu


APRENDENDO COM ANDRÉ




Pequenos acontecimentos ou detalhes as vezes são tão insignificante para algumas pessoas que passam desapercebidos, riquezas que nos deixariam pasmos, atônitos, no entanto, na maioria das vezes não são vistas a olho nu.
Você olha para o céu e só consegue ver as mesmas coisas de sempre, não há interesse algum em fazer qualquer comentário, afinal, quem nunca viu o luar? As estrelas? Parece tudo tão monótono, no entanto,  se ao olhar para este mesmo céu, alguém lhe servir uma luneta para observar, será impossível não passar muito tempo admirando o luar, deslumbrando-se com as estrelas, impossível acordar no outro dia e não comentar pelo menos com uma pessoa sobre a experiência fascinante que foi olhar para o mesmo céu, porém, com uma visão diferente.
Observar detalhes alguns julgam ser perfeccionismo, ou perda de tempo, mas o caro leitor há de convir que todas as nossas escolhas e decisões são pautadas nos detalhes; _ Se não fosse aquele sorriso, se não fosse aquele, se não fosse o caráter dele(a), se não fosse o design daquele carro, se não fosse a ventilação daquele apartamento, eu não teria ... logo são os detalhes que nos fazem dar mais atenção para algo ou alguém que outras pessoas deixaram de perceber.
O fato que passamos agora a narrar, é de quase todos conhecido, embora nem sempre observado, digo isto porque dos quatro evangelhos que falam deste acontecimento apenas um, o evangelho do apostolo João (discípulo amado) faz menção de uma ação tão honrosa de André.
André é um dos primeiros discípulos de Jesus, ele aparece no livro de João como discípulo de João Batista e quando João viu Jesus passando olhou e disse: - Eis o cordeiro de Deus; Imediatamente André e o outro discípulo de João Batista deixaram a João e começaram a seguir o mestre (rabi).
Muito preocupados em não perder de vista o Salvador, eles perguntaram, Jesus onde o Senhor mora? E Jesus os convida a virem com ele para conhecer sua casa e saber onde ele morava, André ficou com Jesus aquele dia e quando já era próximo as 16:00hs.  ele sai da casa de Jesus diretamente para onde seu irmão Simão (Pedro) estava, e aqui começa minha grande admiração por André.
Ele olha para seu irmão e diz, meu irmão, “ACHAMOS O MESSIAS”. (João 1:35-41).
Com esta frase ele torna seu irmão participante da alegria dele; é como dizer NÓS estamos de parabéns, porque aqui termina nossa busca pelo messias. Com certeza eles já o buscava a muito tempo, afinal quando ele encontrou Jesus ele estava seguindo como discípulo de seu precursor João Batista.
Eu sei que muitos de nós olhamos para este ato como um bravo gesto missionário, afinal é assim que é lembrado o irmão André, no entanto eu enxergo na humildade de André o que está em escassez em nossos dias.
O que André havia encontrado, nada menos era, que o Filho de Deus, o que os profetas procuraram e esperaram por milhares de anos, o Ser no qual toda a escritura se cumpriria, a razão da espera e o mais brilhante que vejo nesta ação, é que ele nem monopolizou para si a descoberta, como teve o prazer de pegar seu irmão Simão e leva-lo até a casa de Jesus, é como se dissesse: -Vem meu irmão, o que me abençoou vai te abençoar também, vamos lá meu irmão, eu quero que você tenha o mesmo prazer que eu, que sinta a mesma alegria que estou sentindo.
Há um detalhe a observar: é que André viu primeiro a Jesus, o seguiu primeiro, foi em sua casa, passou o dia com ele, mas não teve uma notoriedade destacada sobre ele, Jesus continuou a ter ali o André, mais novo discípulo, mas quando André leva Simão até Jesus, diz a bíblia que Jesus olhou para Simão, dirigiu-lhe a palavra e disse: - Tu és Simão filho de Jonas, *vou mudar o teu nome* Tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro) S João 1:42, Era como se Cristo olhando á frente e vendo que ainda chegaria Simão o Cananita (zelador), e preciso ter exclusividade com este.
O fato que quero mencionar aqui, é que Pedro se destacou perante o mestre em tudo, tendo o privilégio na troca de seu nome já no primeiro encontro, Eu penso, que deve ser este o motivo que leva muitas pessoas a não quererem abençoar a outrem, talvez por ciúmes, por medo de que o outro encontre mais destaque e a atenção seja voltada ao que chegou depois ou coisa assim.
Hoje vemos pessoas que ao serem abençoadas, rasgam o nome de quem os abençoou para que não seja identificado e possa abençoar outros também, fecham a porta atrás de si e jogam fora a chave para garantir lugar de destaque ou posição única, no mundo secular é assim, muitas pessoas conseguem empregos e vêem vizinhos ou parentes necessitando e mesmo assim não querem abrir as portas para que outros entrem por se sentirem ameaçados, trago comigo um lema desde criança que é: “quem tem medo de perder o trono, nunca foi Rei”, pessoas que se tornam omissas e perdem a piedade com medo de perder a posição.
Infelizmente este grave mal tem entrado até em nossas igrejas, companheiros que um dia lutaram com moral e honra diante de Deus e dos homens, e quando conseguem chegar ao ministério mudam completamente, fecham as portas para que ninguém mais consiga chegar, é com se dissessem: Agora o Cânon esta completo, o ultimo competente para o ministério sou eu, ninguém mais tem capacidade para chegar ao ministério, e muitos tomam propriedades do ministério impedindo até que outros cheguem perto de seu líder maior, porque pode ser que seu líder o encontre também e assim veja as qualidades dele(a), é como se André cobrasse de Pedro favor e dissesse: - Pedro, você me deve esta, você só se chama Pedro hoje porque eu te levei á casa de Jesus, sendo assim eu sou maior que você, etc, etc.
André no entanto permanecia em silêncio na história, pois sua missão estava em trazer as pessoas a Jesus, até que um dia chegasse o seu momento novamente.
Chegamos então no momento de destaque do humilde irmão André;
Jesus estava muito cansado com os seus discípulos, pois a multidão não os deixavam sós, chegando ao ponto de Jesus dizer aos discípulos: - Precisamos ir a um lugar deserto para ficarmos sozinhos, pois não estamos tendo tempo nem para comermos, (Marcos 6:31), Jesus então entra com os discípulos num barco e segue em direção a outra banda do mar da Galiléia, no entanto a informação parece ter vazado e todos de todas as cidades vizinhas começaram ir ao monte aonde Jesus estava indo(Tiberíades) e chegaram primeiro que Jesus.
Cristo não hesitou em dar atenção àquela multidão que se aglomeravam em quase cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças. Jesus curava os enfermos, expulsava os demônios libertava a muitos e fazia muitos milagres, mas foi exatamente este cenário que Jesus escolheu para testar a fé dos discípulos.
A tarde começava a declinar e seus discípulos começaram a se preocupar com a multidão, com a hora, com o tempo, e foram indagar ao mestre a respeito disto, no diálogo Jesus faz uma pergunta a Filipe: - Onde vamos comprar pão para que esta multidão possa comer? Sem perceber que Jesus os estava testando (porque ele já sabia o que ia acontecer), Filipe se mostrou muito bom em contabilidade e lhe dá uma resposta de impossibilidades, -Jesus, nem duzentos dinheiros seriam suficientes para alimentar esta grande multidão, muito bom de cálculos matemáticos, porém muito carente da visão de quem crê em milagres.
Os demais por sua vez, fizeram exatamente o que vemos nos nossos dias, - Senhor, não vamos assumir responsabilidades com este povo. Mande-os embora, porque assim é cada um por si, eles encontram amigos parentes e se viram por ai, (cômodo não?) mas é exatamente o que vemos acontecer hoje, para nos ouvir, nos aplaudir, gostamos da multidão, para contribuir com nossos projetos e admirar nosso trabalho e crescimento, todos são bem vindos, mais quanto a ajudarmos a outrem, aí é demais pra nós, sabe como é, nós não podemos, isto não nos compete, tem os órgãos competentes, além de fazermos cultos ensinarmos a bíblia ainda ter que cuidar do povo? Levar alimento? Sair com água ao encontro do sedento? cuidar dos órfãos? das viúvas? dos estrangeiros? dos mendigos? Isto já é exigir demais de nós.
Nos acovardamos de tal forma que nem queremos saber do problema do irmão, para não nos tornarmos responsáveis sobre eles e assim omissos conscientes.
Posso imaginar o desapontamento de alguns quando Jesus olha os discípulos e diz: - Nada disso! Dai-lhes vós de comer, é vocês que têm que alimentar este povo. (óh Deus, traga-nos novamente esta concepção).
Hoje infelizmente, é comum encontrar grupos e denominações pedindo tudo quanto necessitam, ou seja, quando a organização precisa de algo, pede ao povo, quando porém o povo necessita de algo é instruído a pedir a Deus; esquece que as necessidades dos santos são comunicadas e suprida pelos santos. Romanos 12:13a.
A responsabilidade sobre nossos ombros vai além de ganhar almas para o reino de Deus, Romanos 12:13b. *Segui a hospitalidade*.
Sabe Senhor, nós  podemos nos virar sozinhos, afinal só nós treze é mais fácil resolver quanto a alimentação e tudo, no entanto mais de cinco mil pessoas é impossível, muito trabalho(isto é tudo o que muitos não querem ter com outros), é melhor olhar pra nós, sabe aquele irmão que esta indo a pé trabalhar porque não tem condução, mas pense pelo lado bom da coisa Jesus, ele vai emagrecer, aquele lar em que o desemprego chegou e a família esta passando necessidade, com certeza é por imprudência deles, é mais fácil transferir as responsabilidades, afinal se formos cuidar de um, temos que cuidar de muitos e ai já sabe Deus, o Senhor vai entender que é difícil, não conseguimos mudar o mundo mesmo, e por isto nos omitimos.
Voltando a multiplicação, alguém se manifestou. Todos nós voltamos nossa atenção ao rapaz prudente que levou o alimento para o encontro com Jesus, no entanto o que me chama mais atenção  é que quando Jesus pergunta a eles e estes o informa que não há dinheiro suficiente, no entanto André, sim, ele mesmo volta à história com as mesmas qualidades e diz:
-“Está aqui um rapaz Senhor.”
André entendia literalmente o sentido do Cristianismo, que é; apresentar as pessoas e não se apresentar às pessoas.
Não quero que pense que estou exagerando na comparação a seguir, mas as experiências da vida vão nos confirmando coisas que gostaríamos que fossem diferentes; nos nossos dias, encontramos pessoas que correm na frente, subornam o rapaz e tomam-lhe o alimento para ir diante do mestre e dizer:
“AQUI JESUS, EU TENHO ALIMENTO”, eu sou prevenido etc.
Querem para si glória e honra que não lhes competem, aceitam méritos mesmo sabendo que a vitória foi forjada, e isto em todas as áreas da vida.
Permita-me contar-lhes uma experiência pessoal.
- Trabalhei  por alguns anos como responsável técnico de uma empresa. Em um dos serviços que fomos executar em certo lugar, notei um jovem trabalhando com muito afinco em um serviço, percebi nele muita garra para o trabalho e lhe oferecemos um serviço registrado em nossa empresa; Poucos dias de trabalho daquele jovem o levei juntamente com a equipe para uma viagem, estávamos a meses com um problema em um determinado sistema e revezávamos dia e noite em busca da solução.
Certo dia, apenas ele e eu estávamos estudando o caso, quando ele teve uma idéia e disse: - Claudio, se retirarmos o lacre do meio desta caixa e o colocarmos na ponta, não resolve o problema?
Parecia muito simples, mas era na verdade a solução para um problema que se arrastava por muitos dias e podendo colocar em descrédito todos os nossos projetos ali investidos, tal foi a minha alegria que acionei imediatamente o diretor da empresa e lhe disse:
- O mais novo funcionário da empresa (******), acaba de encontrar a solução de que precisávamos. Lembro-me perfeitamente de pessoas que me criticaram dizendo, este rapaz ainda nem tem nome na empresa, por que você não disse que foi você quem descobriu a solução? assim ganharia a fama afinal, você é experiente, e é quem vai assinar esta descoberta. Porém respondi a todos ; - Pelo simples fato de não ter sido eu o autor da idéia. Dai a Cezar o que é de Cezar.
Quantas pessoas fazendo presença com o pão alheio, quantos levam nome pelo que não fizeram e muitas vezes nem participaram, aceitando mérito que muitas vezes pertence a alguém que só está assistindo a coroação, mas um dia o Senhor da seara chamará os trabalhadores e lhes dará a cada um segundo as SUAS OBRAS, não segundo as obras de outrem.
Não para aqui minha admiração por André, ele faz como fez antes com Simão, pega o rapaz e lhe diz: - Vem comigo rapaz, hoje vou te levar até o Mestre, hoje vou te colocar cara a cara com ele, ele vai te conhecer hoje, hoje é o seu dia “glória a Deus”.
Vejo com isto querido leitor, André ensinando que apesar de ser discípulo ou apóstolo, nem sempre você provê de alimento para o povo, e infelizmente, muitos obreiros estão deste jeito, sem alimento para dar ao povo, e os condenam a morrer de fome, porque jamais permitem que alguém que tenha alimento dê o alimento para que Deus abençoe o povo, muitos usam dizer: eu sou o único profeta de Deus aqui, se não falar por mim não fala por ninguém, ou seja, não tenho para dar e nem deixo ninguém ajudar e assim a obra vai sofrendo, existe entre o povo quem tenha alimento, eu até sei disto, mas prefiro não me expor, senão posso perder minha autoridade! (que triste visão).
Que Deus nos ajude a retirarmos de nós este comportamento, que não soma para o reino de Deus, mas que prejudica não só ao nosso ministério, como também a vida de muitas pessoas.
Este é o exemplo de cristão, André, foi um espelho para todos nós desde o seu encontro com Jesus até a sua morte quando o crucificaram na Grécia, ele foi crucificado porém não lhes pregaram na cruz para que se prolongasse seu sofrimento o amarraram, no entanto este humilde homem me faz louvar a Deus por ter entendido em André o sentido do Cristianismo.
Que Deus em Cristo Jesus nos abençoe e nos faça obreiros aprovados para o seu ministério. Amem.

Claudio R. Abreu
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Regendo os jovens do Sônia Maria